No início da década de 1930, nos EUA, os quadrinhos eram
publicados apenas em jornais. Não havia,
ainda, gibis. Estes começaram em 1933, e
não traziam material inédito: apenas compilavam tirinhas que já haviam sido
publicadas.
Flash Gordon foi lançado nos jornais em 1/7/1934 (um domingo)
e era espetacular: os desenhos de Alex Raymond eram primorosos e elegantes; os
personagens pareciam humanos, os cenários alienígenas eram criativos, e os
equipamentos de estilo futurista pareciam ser capazes de funcionar de
verdade. Raymond continuou escrevendo
e desenhando as histórias até 1943 e, a partir de então, o título saiu de suas mãos,
vindo a ser transferido sucessivas vezes para diversos artistas: Austin Briggs,
Mac Raboy, Dan Barry, Harry Harrison e muitos outros.
Desde 1936, a revista King Comics já vinha republicando o
material que saíra nos jornais, e várias
outras editoras fizeram o mesmo, sempre com material repetido. Foi só em 1/9/1966 que saiu algo inédito: a
Flash Gordon n° 1, ilustrada pelo genial Al Williamson (que depois fez a capa
da n°3 e ilustrou os n°s 4 e 5). Essa
revista é, possivelmente, uma das mais legais do mundo (faltam-me
palavras), e Williamson foi, na minha opinião, o único artista capaz de chegar à
altura de Alex Raymond com esse personagem.
Em 2009, foi lançado um livro intitulado Al Williamson's Flash Gordon: A Lifelong
Vision of the Heroic, documentando o fascínio de Williamson pelo
personagem. Atualmente, a edição está
esgotada, mas vale a pena ser procurada em sebos pela Internet.
Em 2010, a famosa editora Dark Horse lançou uma edição
encadernada dos gibis de Flash Gordon desenhados por Al Williamson: é o segundo
volume de uma série dedicada ao personagem, e a qualidade de impressão é muito
boa. É a melhor coisa na falta dos
originais, que devem ser caríssimos e difíceis de encontrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário