sexta-feira, 20 de junho de 2014

Flash, o Gordon

No início da década de 1930, nos EUA, os quadrinhos eram publicados apenas em jornais.  Não havia, ainda, gibis.  Estes começaram em 1933, e não traziam material inédito: apenas compilavam tirinhas que já haviam sido publicadas. 
Flash Gordon foi lançado nos jornais em 1/7/1934 (um domingo) e era espetacular: os desenhos de Alex Raymond eram primorosos e elegantes; os personagens pareciam humanos, os cenários alienígenas eram criativos, e os equipamentos de estilo futurista pareciam ser capazes de funcionar de verdade.    Raymond continuou escrevendo e desenhando as histórias até 1943 e, a partir de então, o título saiu de suas mãos, vindo a ser transferido sucessivas vezes para diversos artistas: Austin Briggs, Mac Raboy, Dan Barry, Harry Harrison e muitos outros.
Desde 1936, a revista King Comics já vinha republicando o material que saíra nos jornais, e  várias outras editoras fizeram o mesmo, sempre com material repetido.  Foi só em 1/9/1966 que saiu algo inédito: a Flash Gordon n° 1, ilustrada pelo genial Al Williamson (que depois fez a capa da n°3 e ilustrou os n°s 4 e 5).  Essa revista é, possivelmente, uma das mais legais do mundo (faltam-me palavras), e Williamson foi, na minha opinião, o único artista capaz de chegar à altura de Alex Raymond com esse personagem.
Em 2009, foi lançado um livro intitulado Al Williamson's Flash Gordon: A Lifelong Vision of the Heroic, documentando o fascínio de Williamson pelo personagem.  Atualmente, a edição está esgotada, mas vale a pena ser procurada em sebos pela Internet. 
Em 2010, a famosa editora Dark Horse lançou uma edição encadernada dos gibis de Flash Gordon desenhados por Al Williamson: é o segundo volume de uma série dedicada ao personagem, e a qualidade de impressão é muito boa.  É a melhor coisa na falta dos originais, que devem ser caríssimos e difíceis de encontrar.   


    

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