terça-feira, 17 de junho de 2014

O Melhor Gibi do Mundo

Os colecionadores são uma espécie bem interessante e cheia de manias.  No campo da música, discutem quais seriam os melhores discos de todos os tempos: o melhor saxofonista, a melhor cantora, a melhor primeira faixa...  No campo dos quadrinhos, discutem-se os melhores gibis.  Mas o que seriam “os melhores”?  Se pensarmos nos mais importantes para a história da mídia dos quadrinhos, poderíamos falar na Action Comics n°1 (junho de 1938), que contém a primeira aparição do Superman e, de certa forma, foi a “mãe” de todas as revistas de super-heróis.  Sem o surgimento e o sucesso desse personagem, o panorama dos quadrinhos poderia ter sido diferente.  Uma muito marcante foi a Amazing Fantasy n°15 (agosto de 1962), com a primeira aparição do Homem-Aranha. 
 
A minissérie Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons, publicada em 12 edições entre 1986 e 1987, traz duas gerações de personagens complexos envolvidos numa trama complicada (e repleta de enredos secundários), ambientada numa história alternativa do mundo onde os EUA haviam vencido a Guerra do Vietnã e era iminente uma guerra nuclear global.  Watchmen foi a obra definitiva que transformou os quadrinhos em divertimento para adultos.
Mais ou menos na mesma época, saiu outra minissérie que redefiniu a forma de pensar em super-heróis: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight Returns), de Frank Miller, publicada de fevereiro a junho de 1986.  Batman, mais velho e afastado do combate ao crime, decide voltar à ação.  É uma obra-prima dos quadrinhos, que continua sempre atual e merece ser lida várias vezes.

Um bom critério para selecionar uma revista como relevante é verificar se a publicação reúne elementos importantes de um personagem e serve como apresentação a novos leitores.  Eu gosto muito de Batman n° 251 (Setembro, 1970), que pode ser encontrada no Volume 3 da compilação “Batman ilustrated by Neal Adams”, que reúne os trabalhos desse grande desenhista em sua passagem pelos títulos do morcego.  O n°251 reúne uma capa icônica, um inimigo clássico (o Coringa), e o tradicional elemento de “herói preso numa armadilha”.  Além de tudo, mostra que Batman não é infalível.  Embora a história seja um pouco ingênua para os padrões atuais, contém todos os elementos de um clássico dos quadrinhos.


Ficam aqui algumas dicas para os iniciantes.  Todo esse material é bastante fácil de se conseguir pela Internet, em sebos e lojas de quadrinhos. 

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